A mortalidade em excesso mede-se habitualmente analisando a média da mortalidade nos 5 anos anteriores, e comparando com o ano actual.
De forma a poder acompanhar este valor mensalmente, e não apenas de ano a ano, analisa-se o acumulado de 12 meses, mês a mês, versus os 5x12 meses anteriores.
Assim, para analisar a mortalidade em excesso em Julho de 2022, analisa-se o acumulado de Agosto 2021 a Julho 2022, contra a média de Agosto 2016 até Julho 2021.
Analisar meses contra meses não é normalmente uma medida correcta, porque a mortalidade pode ser “adiantada” por motivos exteriores, e a seguir a um período de mortalidade elevada vem um período de mortalidade mais baixa.
Utilizando o método acima, a mortalidade acumulada de 12 meses em Portugal, desde 2015 é a seguinte:
A média de mortalidade desde 2015 a 2019 foi de 110940, ou seja desde Agosto de 2015 até Julho de 2019, morreram 110940 pessoas a cada 12 meses.
Nos 3 anos seguintes (2020, 2021 e 2022) a mortalidade em excesso sobre esta base (pré-pandemia, que temos que considerar como o normal) foi de 35511.
Por outras palavras, morreram em Portugal mais 35511 pessoas do que teriam morrido entre 2015 e 2019.
Em 2020 tivemos medidas de excepção em termos de saúde, em que se fecharam hospitais, cancelaram consultas, e foi criado um estado de pânico mental na população, devido a uma doença que provocou oficialmente 24389 mortos (de Março 2020 a Agosto 2022):
Sabemos que os números da “mortalidade Covid” estão largamente insuflados, visto que qualquer pessoa que morresse com outra patologia era considerada “morto Covid”, desde que tivesse um teste positivo.
Mesmo assim, assumindo que a mortalidade Covid é de pessoas que não podiam ser salvas de outra forma, e subtraindo essa mortalidade da mortalidade em excesso, temos que nos últimos 3 anos morreram em Portugal 10672 pessoas a mais do que o normal, e que não tiveram nada a ver com a pandemia.
Qual a causa desta mortalidade?
Não faço ideia, mas podíamos experimentar fechar as urgências hospitalares todas do país durante uma semana, para ver o que acontecia.