Para que precisamos nós de MAIS UM mecanismo de fixação de preços?
Portugal já tem um que funciona
A fixação de preços pode ser feita de duas formas.
Há uma forma de fixação de preços que funciona desde tempos imemoriais e há uma segunda forma “científica” de fixação de preços que já foi testada várias vezes e que nunca funcionou.
A segunda forma é a fixação pelo Estado. O Estado (que percebe tanto de preços de batatas e cebolas como um esquimó) decide que o preço “justo” para um quilo de batatas é X. Como o custo de produção, transporte e distribuição das batatas é normalmente superior a X, deixa de ser atractivo ao produtor vender batatas a X, porque caso contrário estaria a pagar aos consumidores para lhe ficarem com as batatas.
Este sistema foi várias vezes testado, em praticamente todos os países comunistas, após o colapso dos seus meios de produção, e da incapacidade de enriquecer a população. O resultado foi sempre, invariavelmente, o colapso do sistema.
Se Portugal está a pensar em impor este tipo de controlo de preços, significa que o nosso sistema socialista está a começar a colapsar, e isso é uma coisa boa. Vai doer, mas irá melhorar.
Entretanto, a forma mais antiga de fixação de preços é o mercado. Quando os preços estão demasiado caros, o consumidor não compra. O fornecedor, que fica com stock a mais, eventualmente a deteriorar-se, irá (mais facilmente do que em socialismo) aceitar uma perda, ou uma redução de lucro, e reduzir o preço, quando não conseguir colocar o produto.
Esta forma de fixação de preços tem milhares de anos a funcionar.
A outra forma tem cerca de 100 anos de falhanços.
Qual vamos escolher (*)?
(sabendo que somos governados por uma vara de medíocres, infelizmente será o caminho socialista).